Eu tava andando
Pelo centro de São Paulo
Noite fria, névoa
Em trajes negros,
De bar em bar
Nada a procurar
E eu lá...
Passei na boca
Me descolei
Os monumentos, as putas e até o vento
Todos velhos, cinzas, os mesmos
E eu lá, sem nada a enxergar
E eu lá, sem nada...
A madrugada não queria acabar
Mas ninguém, ninguém ligou
E o dia de sol gelado raiou
E eu lá, sem nada a esperar
E eu lá, sem nada a esperar
Procurar, alcançar, enxergar ou sei lá
Sei lá...
Sei lá...