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Biografia de Osvaldir e Carlos Magrão

Osvaldir & Carlos Magrão é uma dupla brasileira de música regional gaúcha. Relatar a história da dupla, não há como começar, sem fazer referência ao Bar Recanto Nativo, sucesso da noite nativista de Passo Fundo, na década de 80 e é claro ao amigo Dutra, que conseguiu reunir esses dois grandes músicos pela primeira vez pra tocarem juntos.

Osvaldir Didoné Souto de Passo Fundo, já tinha formado vários conjuntos: Os Invencíveis, Banda 01, sempre conciliando a carreira musical com a sua primeira grande paixão: a fotografia.

O fato que por volta de 1985, ele já estava a frente do Bar Recanto Nativo, que trazia a Passo Fundo os grandes nomes da época como Luis Carlos Borges, Rui Biriva, Daniel Torres, Dante Ramon Ledesma, etc... Do outro lado, acabava de chegar a cidade, vindo de Campo Novo, um jovem gaiteiro que queria estudar na Faculdade, mas que por força do talento veio ao encontro dos músicos que faziam o movimento rock de Passo Fundo.

Carlos Eugênio Knob, tinha-se criado com o pai tocando em CTG e invernadas, mas a sua maior vontade era tocar teclado, sonho que conseguiu realizar em Passo Fundo no conjunto Reflexo Som, que transformou-se depois no Fogo de Chão onde o Magrão reencontrou o acordeon.

E foi por volta de 1985 que aconteceu o encontro da dupla. Convidados a gravar o clipe de uma música em Porto Alegre acompanhando um outro artista, o amigo Dutra; Osvaldir no baixo e Magrão no teclado conheceram-se e o primeiro trabalho junto, foi marcado.

O fato é que Osvaldir animava as noites do Recanto Nativo com outros músicos e convidou então o gaiteiro Magrão pra fazer este trabalho. O sucesso a partir daí começou a rondar a dupla.

Eles abriam os shows já consagrados que vinham a casa, e muitas vezes eram capazes de arrancar mais aplausos do que os próprios artistas principais.

Um certo dia, um amigo concluiu: “vocês tem que ser a atração principal da noite”! Estava certo. Foram cerca de 5 anos tocando e contribuindo para o sucesso de um bar que ficou marcado na história da noite Passofundense.

Nascia então a dupla Osvaldir & Carlos Magrão. Começaram a viajar a região fazendo shows, na velha caravan vermelha, levando inclusive o equipamento para as apresentações.

Os primeiros fãs então começaram a pedir o disco, e foi com a ajuda de mais dois grandes amigos que eles realizaram a gravação do primeiro long play: Versos, Guitarra e Caminho 1988 pela gravadora Acit com as músicas: Um Pito, Santa Helena da Serra, e Melo do Cruzaids, música com a qual ganharam a Mais Popular na 7ª SEARA da Canção de Carazinho-RS.

Veio à tona aí uma velha e sincera amizade do Osvaldir com o grande Sérgio Reis, por te-lo acompanhado inúmeras vezes com o conjunto os Invencíveis, por vários cantos do Brasil.

A dupla foi abrir os shows do Sérgio Reis, num projeto chamado SOM DA SAFRA, da empresa Agroceres. E nesses encontros ele propôs a dupla se gostariam de colocar alguma música no Festival Rimula Schell em São Paulo.

Cantaram um refrão pra ele: “o que que há, o que é que tem, uma tetinha nunca fez mal pra ninguém”... e aí estava nascendo o primeiro grande sucesso: a música TETINHA, que ganhou o festival e consagrou a dupla em São Paulo num festival que era um dos mais respeitados do país.

O prêmio repercutiu em todo o país e então a dupla resolveu ir morar em São Paulo permanecendo por 5 anos, trabalhando como profissionais da música, o que proporcionou grandes amizades com Sérgio Reis, Zezé de Camargo e Joel Marques, etc....

A música entrou então no repertório do segundo disco Ruas e Luas, em 1990 pela gravadora Clave de Sol junto com Adeus Mariana (Pedro Raimundo) Vá Embora Tristeza (José Mendes), Estrada Velha (Com participação de Sérgio Reis).

As apresentações se espalharam por todo o país e no ano de 1993 veio o terceiro disco pela então Gravadora Continental trazendo a primeira gravação da música Querência Amada.

Em 1994 pela Warner lançam o cd Festeral, com sucessos como O Colono (Teixeirinha) e Você Endoideceu meu Coração (Nando Cordel), com participação de Dominguinhos.

A saudade de casa começou a apertar e neste ano a dupla resolve voltar pro Sul.

Assinaram novamente com a Gravadora Acit e, em 1995 lançam o cd 'Querência Amada' que se consagra como o cd mais vendido da dupla até hoje.

A música tornou-se um hino no Rio Grande do Sul, ultrapassou a marca de mais de 400 mil discos vendidos e deu o primeiro disco de Ouro da carreira de Osvaldir & Carlos Magrão.

Sucessos como: Outras Fronteira (Elizeu Vargas e Carlos Magrão), Querência Amada (Teixeirinha), Prece (José Mendes e Jayme Caetano Braum), Nós (Valteron Cardoso), Eu Sou do Sul (Elton Saldanha), Herdeiro da Pampa Pobre ( Vaine Darde e Gaúcho da Fronteira) e Roda de Chimarrão ( Joel Marques) fazem deste disco até hoje o mais vendido e mais conhecido da dupla.

Com a carreira consolidada principalmente nos estados do sul, em 1998 lançam o cd Lago Verde Azul, também pela gravadora Acit, que destaca mais sucessos como Herança Nativa (Joel Marques), Mocinho Aventureiro (Teixeirinha) e Guri (Julio Machado da Silva e João Batista Machado).

Em 2002 com Mulher Chorona seguem traçando uma trajetória de sucesso e de repercussão em todo o Brasil como divulgadores da cultura gaúcha através de suas músicas e costumes. Alcançando grande sucesso nos Estados de São Paulo, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Bahia, bem como , Colômbia, Uruguai e Paraguai.

O humor sempre esteve presente no repertório de Osvaldir & Carlos Magrão, e em 2002 gravam, Como É Que Eu To Nesse Corpo (Mano Lima) e em 2007 a música A Patroa Ta Dando Choque (André Augusto), levando a marca da alegria e brilhante capacidade de interpretação.

Em 2008 lançaram o cd Lua Bonita pela gravadora Usa Discos e com produção da Amaro Peres. Destaque para as músicas: Porque Nasci Aqui (Jairinho Delgado), Picaço Velho (José Mendes), Um Bagual Corcoveador (João Sampaio, Walther Morais e Quide Grande) e Lua Bonita (Joel Marques e Rafael).

São 13 discos lançados, e quase um milhão de cópias vendidas e fãs espalhados por todo o país entre todas as faixas etárias, o que faz de Osvaldir & Carlos Magrão a dupla de ouro do Rio Grande do Sul. Eles trazem na bagagem mais de 24 anos de trabalho feito com dedicação, companheirismo e amizades.