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Biografia de Patrícia Ahmaral

Quando a mãe da cantora Patrícia Ahmaral, 47 anos, percebeu que a filha tinha talento e, principalmente, que o canto seria uma forma de diminuir a timidez, ela procurou um padre para perguntar se poderia colocar Patrícia no caminho da música. A resposta não poderia ter sido mais conveniente. “Ele (o padre) disse que eu seria ‘fermento na massa’, aprovou a ideia e eu entrei no coral da igreja”, afirmou a cantora.

A cantora já possui dois CDs lançados – “Ah!” e “Vitrola Alquimista” -, sendo que o primeiro foi produzido por ninguém menos que Zeca Baleiro e o terceiro deve sair ainda neste semestre.

Influenciada por músicas dos anos 70, que lhe foram apresentadas pelos irmãos mais velhos, Patrícia faz releituras de canções brasileiras, como Alceu Valença, Raul Seixas e Chico César. Além disso, a cantora acrescenta que também não abre mão de interpretar canções inéditas de novos compositores.

“Acho legal fazer um olhar contemporâneo em músicas com estilos já esquecidos. O que eu faço pode ser chamado de uma MPB contemporânea, que tem como base a expressão clássica, a melodia, a harmonia, mas que dialoga com as expressões rítmicas mais modernas”, disse Patrícia, que têm presença garantida nos grandes festivais realizados pelo País.

Depois de se firmar como cantora, resolveu se formar como musicista. Foi na faculdade que ela relembrou o estilo clássico com o qual entrou em contato ainda criança. Adepta ao “diálogo entre correntes musicais”, se tornou integrante de um coro lírico, estilo que até hoje incorpora em algum momento de seus shows.

Apesar de se considerar muito mais intérprete do que compositora, Patrícia já possui letras próprias e vai apresentar uma delas em Uberlândia. “Comecei a compor recentemente e prefiro deixar fluir, sem forçar nada”, disse.

Quanto ao público uberlandense, que conheceu em 2007, ela é só elogios. Desta vez, seu show terá a participação do mineiro Maurício Tizumba, cantor que ela considera “um dos maiores artistas do mundo e que tem muito a ensinar”.

Intitulada “De passagem”, a apresentação de sábado terá um repertório que mistura faixas dos primeiros CDs e do novo disco que está prestes a gravar. Patrícia antecipa que uma das músicas será “Mulher Barriguda”, dos “Secos e Molhados”, e outras releituras que misturam elementos modernos, que considera a essência de seu trabalho.