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Geraldiana

Paulo César Pinheiro

Baiana que entra na roda de samba
E ninguém se incomoda
Geraldo falou: “É falsa”
Se tenta sambar não consegue
E o samba que é bom vira “régue”
Que é o som da Jamaica
Mas não da São Salvador
Também tem falsa carioca
Que vem quando o samba provoca
E não sabe cair no samba
Remexe igual quem toma choque
E o samba que é bom vira “roque”
O tal “bibope” que o Jackson cantou


Baiana que entra na roda de samba
E ninguém se incomoda
Geraldo falou: “É falsa”
Se tenta sambar não consegue
E o samba que é bom vira “régue”
Que é o som da Jamaica
Mas não da São Salvador
Também tem falsa carioca
Que vem quando o samba provoca
E não sabe cair no samba
Por isso ela perde no Ibope
E vira o tal de “ripe rópe”
Que foi sambista inglês que inventou

Baiana é a do Caymmi
Que chega e mostra o que é que a baiana tem
E a carioca Vinícius disse bem
Já basta o jeitinho de andar também

Baiana que entra na roda de samba
E ninguém se incomoda
Geraldo falou: “É falsa”
Não sabe sambar nem descalça
E o samba, que é bom, vira salsa
Que é o som lá da Havana
Mas não é do Rei Nagô
Também tem falsa carioca
Que vem quando o samba provoca
E não sabe cair no samba
Mas chega toda serelepe
E o samba que é bom vira “répe”
Debaixo do braço do Redentor

Baiana é a do Caymmi
Que diz que a moça tem dengo, tem dengo, tem
E a carioca, Vinicius diz também
Que tem um jeitinho de nhenhenhém

Também tem falsa carioca
Que vem quando o samba provoca
E não sabe cair no samba
A sola do pé fica estanque
E o samba, que é bom, vira “fânque”
No chão de Donga, Noel e Sinhô

Composição: -





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