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Normalista

Paulo Peres

Passado de hoje, normalista,
Nenhuma gota de adeus surrou minha face
Mas a memória enruga saudades e renasce
Na moldura azul e branca, jamais vista

Sua imagem conversa comigo
Como quando usei-lhe de abrigo
Seu sorriso sorri minha boca e revigora
A puberdade traída pelo agora

Seus olhos choram os meus
Como o encanto do todo seu
Tornou-a presa do desatino

Seu senso invadiu o meu destino,
Onde morrendo sigo e existindo fico,
Somente por pensar que estou vivo






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