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O Peão Que Montou No Diabo

Pedro Bento e Zé da estrada

Foi num circo de rodeio que eu vi no interior
Um burro preto injeitado era o rei do pulador
Apareceu um peão dizendo: - na vida eu não tenho amor
Quero montá nesse burro e mostrar o meu valor
O dono fez esse aviso:
- Eu não responsabilizo pela vida do senhor

Pra montá em burro brabo não preciso de oração
Minha espora é sangradeira, é a minha proteção
O rapaz montou no burro, mudou até de feição
O burro pulou dobrado, rodopiou igual um cão
Eu vi o rapaz no solo
E o burro feito monjolo pisando em cima do peão

O povo sartou na arena, foi a sua sarvação
O rapaz era descrente, nunca teve religião
Alembrou que existia Deus só na hora de aflição
Olhando firme pro céu ele jurou de coração
Se Deus ainda me sarvá
Nunca mais hei de montá no lombo de um pagão

Depois que tava curado assim dizia o rapaz
- Pra mim não existe Deus, o home faz e desfaz
Vô quebrá minha promessa, não posso perdê o cartaz
Vou montá em quarqué burro até de cara pra trás
No torneio que vai vim
Se não tivé burro pra mim monta até no satanás

Cinco burro e cinco peão, tava formado o torneio
Ele viu um burro à mais, tinha sete parmo e meio
- Aprepare esse pra mim vou cortá ele de reio
Quando ele montou no burro o bicho ficô vermeio
Sumiu dali numa explosão
E o rapaz morreu no chão sentado em cima do arreio

Composição: Pedro Bento/moacyr dos Santos





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