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Alma Brasileira

Pedro Munhoz

Violeiro e cantador,
Num repente de inocência,
Pra cantá e toca viola,
Peço aqui sua licença.
Artistas de calçada,
Por este Brasil sem fim,
Pajadores, guitarreiros,
Poetas de folhetim.
Teixeirinha, Luiz Gonzaga,
Patativa do Assaré,
Xirú, Gildo de Freitas,
Elomar, salve Vandré.
Esta cantoria tem um jeito brasileiro,
Quintais e arvoredos, onde canta o sabiá!,
Salve o artista popular!
No canto dos boiadeiros,
Trovadores, repentistas,
Nas cantigas de ciranda,
Nos brinquedos das meninas.
Nos mercados, pelos bares,
Nas esquinas, pelas praças,
Saltimbancos, seresteiros,
Gaiteiros, autodidatas.
Pena Branca e Xavantinho,
Xangai e Bem-Te-Vi,
Salve Renato Teixeira,
Salve Noel Guarany.
Esta cantoria tem um jeito brasileiro,
Quintais e árvores, onde canta o sabiá!
Salve o artista popular!
Vem da pampa, da floresta,
Do planalto, vem do morro,
Das chapadas, dos sertões,
O artista vem do povo.
A mão que molda a massa,
O corpo que faz a cena,
A risada do palhaço,
No circo de lona pequena.
Zé trindade, Mazaropi,
Carequinha e Arrelia,
Viva mestre Vitalino,
Salve Salim e Madalena.
Esta cantoria tem um jeito brasileiro,
Quintais e arvoredos, onde canta o sabiá!
Salve o artista popular!

Composição: Pedro Munhoz Barbosa Filho





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