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Biografia de Pholhas

No final de 1968 na cidade de São Paulo, três rapazes: Paulo Fernandes, Oswaldo Malagutti e Helio Santisteban, haviam acabado de deixar a banda “Wander Mass Group” e pretendiam montar outro grupo que tivesse mais a ver com sua personalidade musical. Convidaram então o amigo Wagner “Bitão” Benatti, experiente guitarrista e vocalista (autor inclusive da música Tijolinho - um dos grandes sucessos da Jovem Guarda) que aceitou prontamente o convite e no início de 1969, mais precisamente no dia 18 de fevereiro, os quatro rapazes fizeram o 1o ensaio oficial da nova banda que ainda não tinha nome. Pouco tempo depois um grande amigo dos rapazes que estava sempre presente aos ensaios - Marco Aurélio o “Lelo”, sugeriu o nome PHOLHAS, que grafado com “PH” ficava bem original e foi logo aceito com entusiasmo por todos sem restrições.
Em maio daquele mesmo ano a banda fez sua estréia tocando em bailes e rapidamente fixou-se como uma das melhores de São Paulo conquistando cada vez mais seguidores fiéis nas suas apresentações.
Com essa crescente popularidade era inevitável que o caminho natural das coisas fosse a gravação do 1o disco, o que tornou-se realidade em 1972 quando dois diretores da gravadora RCA Victor foram a um ensaio dos rapazes ficando impressionados com a qualidade instrumental-vocal e as composições da própria banda, que havia optado por cantar e compor em inglês, até porque na época a maioria da programação das rádios e TVs era de sucessos internacionais e a MPB não tinha a mesma força como atualmente.
Em setembro de 1972 os PHOLHAS lançam seu 1° LP: Dead Faces do qual foi extraido um compacto duplo com as canções My Mistake, Pope, Shadow of love e My first girl, que chegou ao 1o lugar das paradas em apenas 3 meses após o lançamento, vendendo a fabulosa quantia de 450.000 cópias! Isso lhes rendeu o primeiro disco de ouro da carreira. O grande público chegou até a pensar que os PHOLHAS fossem um grupo estrangeiro, mas sempre fizeram questão de explicar que eram apenas 4 músicos brasileiros cantando em inglês com o objetivo de internacionalizar seu trabalho. A seguir vieram as canções She Made Me Cry, I Never Did Before e Forever, todas com vendagem superior a 300.000 cópias, firmando os PHOLHAS como um dos maiores fenômenos musicais brasileiros o que levou a RCA em 1975 a lançar o LP Dead Faces na Espanha e em toda América do Sul com o título “HOJAS” dando mais um disco de ouro ao grupo.
Em 1977 após 5 anos de seguidos sucessos a banda (bem como a maioria dos artistas da época) viu-se um pouco fora da nova onda mundial que surgia e estava fazendo a cabeça da moçada: a “discotheque”, tipo de música “mecanizada” que reinou absoluta em todas as casas de “shows”, rádios e TVs durante muito tempo. Os rapazes dos PHOLHAS não estavam dispostos a fazer esse tipo de música, nada tinha a ver com eles, preferindo dedicar-se com mais afinco à montagem do próprio estúdio de gravação. Porem, por obrigações contratuais e cedendo às fortes pressões da gravadora, gravaram o LP “O SOM DAS DISCOTHEQUES” contendo “covers” dos principais sucessos do gênero, chegando a vender mais de 150.000 cópias. Nessa ocasião Hélio Santisteban resolveu fazer carreira solo saindo então da banda. Em seu lugar entrou o tecladista Marinho Testoni, ex “Casa das Máquinas”. Resolveram então experimentar uma mudança radical no trabalho lançando no final de 1977 o disco “PHOLHAS” voltado para o rock progressivo com “pinceladas” do bom e velho rock’n’roll tradicional, tudo cantado em português como já vinham querendo fazer a algum tempo. O disco não chegou a ter uma vendagem igual aos anteriores mas acabou virando “cult” e ainda hoje é muito disputado pelos colecionadores.
Em 1978, é a vez de Oswaldo Malagutti deixar a banda para dedicar-se exclusivamente ao seu recem montado estúdio de gravações que hoje veio a tornar-se um dos maiores e melhores da América Latina o MOSH STUDIOS. Em seu lugar entrou o excelente baixista João Alberto que vinha de um vasto curriculo de bandas e naquele momento estava vindo da banda “Casa das Máquinas”.
No final de 1979 Hélio Santisteban abandona a carreira solo e a banda o acolhe novamente.
Preparam então um novo trabalho voltado ao estilo que os consagrou: cantando e compondo em inglês e lançam “Memories” no inicio de 1980.
Em 1981 Marinho Testoni sai da banda e a partir daí os PHOLHAS trabalham incessantemente compondo e produzindo muito, a agenda de “shows” cresce novamente.

No final de 2007 Helio Santisteban deixa definitivamente a banda, a partir de então Bitão, Paulinho e João Alberto resolvem não ter mais um tecladista fixo e sim um tecladista especialmente convidado para cada apresentação. Essa formula deu tanto certo que virou um atrativo a mais dos shows!
Em 2009 completando 40 anos ininterruptos de boa música, os PHOLHAS acumularam uma vasta experiência musical, colecionando vários discos de ouro, conquistando cada vez mais uma legião incrível de admiradores e firmando-se definitivamente como um dos maiores nomes do cenário “pop”, comprovado tanto nas gravações quanto nas apresentações que fazem por todo o Brasil e América do Sul e para comemorar lançaram o CD independente “PHOLHAS – Forever” (atualmente disponível somente nas apresentações) e o novo show “PHOLHAS – 40 Anos” que vem sendo aclamado pela critica como um dos melhores do gênero, tendo como destaque - alem das próprias canções, grandes “hits” dos “Bee Gees”, “Creedence Clearwater Revival”, “Elvis Presley”, “The Rolling Stones” e é claro, uma bela homenagem à banda que foi a mais importante na carreira dos PHOLHAS: “The Beatles”.