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Biografia de Pleiades

Belo Horizonte, 07.12.2006 – Som pesado e muita energia no palco. Essa é a proposta de um grupo de músicos independentes com idades entre 11 e 17 anos, que invade a cena do rock internacional. Com atitude e personalidade, Cynthia Mara, 14 anos (vocal e guitarra), André Mendonça, 11 (guitarra), Marcos Garcia, 13 (baixo), Leonardo Dias, 12 (teclado), e André Bastos, 17 (bateria), integram a banda de rock mineira Pleiades. A garotada solta a voz e conquista a admiração do público jovem e de fãs veteranos com um som eletrizante.

Ainda com jeito de criança na maneira de ser, quando sobem ao palco, os integrantes da Pleiades apresentam-se como gente grande. O grupo toca e interpreta músicas de ídolos como Metallica, AC/DC, Kiss, Ramones, Joe Satrianni entre outros nomes do rock. “Não estamos brincando de cantar. Somos profissionais. Mesmo com pouca idade já nos sentimos maduros e preparados para conquistar um lugar no mundo do rock”, comenta o mais velho do grupo, o baterista André Bastos.

A banda foi criada em outubro de 2005, em parceria com a Pró-Music, uma das principais escolas de música de Belo Horizonte. Já em abril de 2006, o grupo realizou os primeiro show profissional, no evento ‘Domingo no Rock’. Em seguida, a banda se apresentou no ‘Camping Rock’, um dos maiores festivais de rock de Minas Gerais, para um público de 1.500 pessoas. “Foi muito legal. Quando começamos a tocar não tinha ninguém na frente do palco. De repente, uma multidão de pessoas cantava e pulava com a gente. Crianças, jovens e adultos curtiram o nosso som. A parte mais emocionante foi quando paramos de cantar. A galera gritava: “Mais um, mais um”, lembra Cynthia Mara, vocalista do grupo.

O sucesso não para por aí. Em novembro deste ano, a Pleiades garantiu o 9º lugar no concurso da BBC de Londres, The Next Big Thing - a busca pela maior banda jovem do mundo -, com a música ‘Mesmo que seja normal’. A banda concorreu com 1.100 grupos independentes, de 34 países e com idades de até 18 anos. “A Pleiades revela um som novo, cru, com uma estonteante fúria que é puramente cativante para os ouvintes. Com uma aura rápida, barulhenta guitarra, vocal enérgico e tempos encorpados e agressivos, os Pleiades demonstram uma mescla um tanto louca, que está muito além dos músicos de suas idades e, definitivamente, muito, muito, muito além de sua vivência”, disse um dos jurados do concurso, VJ Bernie, da MTV Ásia.

A mesma opinião é compartilhada por outros jurados. O músico brasileiro Sérgio Dias, fundador dos Mutantes, também aprovou o trabalho da banda. “Amei! Grande rock and roll cru, com teclado e baixo muito forte”. A jornalista inglesa especializada em música, Miranda Sawyer, disse que a Pleiades é “mais energia que todas as outras bandas”.

Depois do sucesso no ‘Camping Rock’, as apresentações da Pleiades dispararam. Já são 25 shows realizados. Os garotos participaram de outros festivais, como o ‘Estudantil Letswalk’, e tocaram em renomadas casas de espetáculos da capital mineira, como Conservatório Music Bar, Garagem D`Caza, Matriz, Pau e Pedra e Lapa Multshow.

Uma das apresentações de maior repercussão da banda foi na abertura do show do Deep Purple, em Belo Horizonte. Além de agitar o público ao som de músicas lendárias e que construíram a história do rock, a Pleiades aproveitou a ocasião para lançar a segunda música de sua autoria, intitulada Freedom. “Abrir o show do Deep Purple foi a realização de um sonho. Uma chance única e que deve ser valorizada. São poucas as bandas que têm uma oportunidade como esta”, comenta a vocalista Cynthia Mara.

Sobre o lançamento da música Freedom, que em português significa ‘liberdade’, o produtor da banda, Francisco Penteado, conta que a canção chama a atenção para o alto índice de crianças desaparecidas. “A idéia da música foi do guitarrista André Mendonça (11 anos). Em agosto deste ano, desapareceu uma criança que estudava na mesma escola que ele. Diante disso, o grupo, que é formado por crianças e pré-adolescentes, se sentiu na responsabilidade de divulgar o problema e, para isso, resolveu abordar a falta de liberdade na idade infantil”, explica Francisco.

Outra apresentação de sucesso foi no Encontro Nacional de Motociclistas da cidade de Betim, em Minas Gerais, quando a Pleiades foi aplaudida por um público de mais de 4 mil pessoas. “Foi a nossa maior platéia. O público não queria que o show terminasse. A multidão cantou e pulou com a gente até a última música”, comemora o guitarrista André Mendonça. Além disso, a banda também já animou o Encontro Nacional de Motociclistas das cidades mineiras: Ouro Branco, Vespasiano e Ouro Preto.

Além de contagiar a galera jovem, a Pleiades tem conquistado antigas gerações do rock. Nos shows da Pleiades, é comum encontrar pessoas de várias idades. São pais que há muito tempo não vão a um show de rock e acompanham seus filhos, e veteranos que se tornaram fãs da energia jovem da banda. “Quando estamos tocando e olho para a platéia não consigo definir o número de pessoas que está assistindo ao show e nem a idade. Em nossas últimas apresentações, eu só conseguia ver uma multidão pulando, desde crianças a pessoas mais velhas”, conta o baixista Marcos Garcia.