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Biografia de Rosie Thomas

Rosie Thomas é uma cantora e compositora americana, originalmente de Michigan.

Foi através de amigos em comum que ela conheceu Trey Many e começou a tocar em shows com Velour 100.

Eles gravaram um EP juntos e tocaram em algumas curtas turnês, onde ela conheceu Damien Jurado e Pedro the Lion.

Ela então mudou-se para Seattle para frequentar a Cornish College antes de decidir se concentrar em uma carreira solo.

Rosie Thomas também se apresenta como comediante de stand-up sob o nome de Sheila Saputo.

Sua aparição na música “Parking Lot”, do álbum Ghost of David de Damien Jurado, chamou a atenção da gravadora Sub Pop que assinou com ela em 2000. Rosie Thomas, já havia colaborado nos disco anteriores do cantor em três faixas como: “Omaha”, “Window” e “I Can’t Get Over You”.

Comparada a Joni Mitchell, a cantora norte-americana Rosie Thomas recupera as lembranças da infância no confessional álbum de estréia: When We Were Small.

"Tive uma infância maravilhosa", revela a cantora. Ela compartilha suas lembranças afetivas no disco When We Were Small, o mais surpreendente lançamento da gravadora Sub Pop em 2002.

Como o próprio título do álbum indica, "Quando Éramos Pequenos" reflete a história da vida de Rosie, uma cantora de voz doce e melancólica que apareceu no cenário pop depois de dividir os vocais com o menestrel Damien Jurado na cover de Wages of Sin para o tributo Badlands, homenagem a Bruce Springsteen.

Filha de cantores profissionais, que se apresentavam toda semana em boates, Rosie faz questão de guardar os doces momentos do passado: acampar no verão, andar de patins, assistir aos Três Patetas com o pai, acompanhar a mãe preparar um penteado diferente para cada apresentação.

"Ela adorava passar laquê no cabelo"’, revela. O amor pela mãe chegava às raias da devoção. ‘‘Aquela mulher era o meu mundo. Adorava ficar em volta dela, observando e aprendendo com ela", derrama-se.

Mesmo o divórcio dos pais não abalou a fé de Rosie na humanidade. "Cada uma das canções que faço contém um pouco de esperança de que as coisas podem melhorar", explica.

Entre as músicas, uma das mais confessionais é "Bicycle Tricycle", não à toa a mais bonita faixa do disco. Amparada nas teclas do piano, Rosie emociona ao confrontar suas lembranças de dias felizes com as amargas desilusões amorosas do presente.

No final arrepiante, ela inclui trechos de uma gravação caseira de sua própria voz com três anos de idade.

"Incluí a gravação porque se encaixava perfeitamente com o tema do disco: minha infância e minha família. Quando adicionei esse registro, percebi que o álbum estava completo", revela.

Em companhia de quatro músicos, entre eles o guitarrista Eric Fisher e o violoncelista Phil Peterson, Rosie toca violão e piano em When We Were Small. "Comecei a tocar piano quando tinha dez anos e logo se tornou um de meus instrumentos favoritos. Ele traz sentimentos como tristeza e solidão de forma natural. Mas não sou uma virtuose, longe disso. Quanto mais simples, melhor; por isso, adoro o jeito que Tom Waits toca", revela.

Rosie chegou a integrar uma banda, Velour 100, antes de seguir carreira solo. "Eu cantava o que os garotos do grupo me pediam, não era projeto pessoal", minimiza.

Mas, logo que começou a carreira, a primeira comparação foi com Joni Mitchell. "Fico honrada, não poderia pensar em uma mulher mais brilhante que eu pudesse ser comparada", reconhece, citando ainda Bob Dylan, Damien Jurado, Stevie Wonder, Cat Power, Low, Patti Griffin, Josh Rouse, Cat Stevens, Nick Drake, Neil Halstead, Belle and Sebastian e os próprios pais como seus ídolos.

Como não larga mão da influência paterna, Rosie fez questão de incluir no encarte algumas fotografias do próprio álbum de retratos. "Todas as fotos pareciam combinar perfeitamente com a arte do disco. O álbum é dedicado a todas as pessoas que provocaram um impacto positivo na minha vida. Eu queria que a minha mãe e meu pai olhassem essas fotos e também lembrassem desse período, porque realmente foi um tempo feliz, maravilhoso. Há algo raro na infância: é o período mais inocente da vida de uma pessoa. E foi isso que quis preservar no meu disco".

Muito mudou a vida de Rosie Thomas nos últimos tempos. Para bem, entenda-se. If Songs Could Be Held, o seu último registro, gravado com a presença do sol na Califórnia, é o primeiro disco onde a cantautora se aventura a fazer música com outras pessoas fora do seu circuito de família e amigos.

Como resultado, neste seu terceiro disco, parece ter acontecido aquilo que ninguém – nem mesmo a própria – imaginava ou previa: a menina reservada e prudente dos dois primeiros discos é agora uma mulher crescida. Saiu do quarto cor-de-rosa de outrora para caminhar mais vezes pelas ruas e pela vida real e veio contar-nos o que viu.

Presentemente, quando regressa à sua infância fá-lo mais adulta do que nunca, quando olha para o futuro parece mais confiante do que sempre.

O que é que se lembra dos dias em que começou a escrever canções sozinha?

"Lembro-me de me sentir verdadeiramente livre para escrever sobre fosse o que fosse, nada me prendia.
...Escrevi toneladas acerca do amor e uma tonelada acerca de sonhos e aspirações, tinha 14 anos quando comecei a escrever e escrevi muito acerca daquilo que me iria tornar porque essa era a primeira resposta que eu estava desesperadamente a tentar encontrar na altura… estava ainda a tentar encontrar o meu lugar na vida e eu acho que agora encontrei-o finalmente.
...Eu escrevo da forma que eu quereria falar com um amigo. Escrevo de uma forma muito aberta e honesta. Sinto que se não o fizesse não teria razão alguma para ser uma escritora de canções. É muito importante para mim como escritora e como pessoa que eu me exponha a minha própria às pessoas, que eu me permaneça vulnerável em admitir a minha luta. Acho que é importante porque eu penso que é aquilo que todos nós precisamos de ouvir na maior parte das vezes para nos lembremos às vezes do quão humanos todos nós somos e de quão destroçados podemos ser também", diz Rosie.

Rosie mudou-se para Pasadena na Califórnia para gravar o seu terceiro disco. "Adorei. O trânsito era uma chatice mas adorei porque o sol brilha realmente lá e nos meus dias de folga podia ir ver o oceano… isso foi muito bom".

Rosie fala sobre o dueto que faz com o Ed Harcourt: "A canção que eu e o Ed cantamos juntos era uma canção antiga que o meu pai me costumava cantar a toda a hora por isso era realmente muito especial para mim. Não podia pensar em ninguém mais perfeito para a cantar comigo do que o Sr. Harcourt, a voz dele é tão bonita e aconteceu que ele estava em digressão pelos Estados Unidos na altura e por isso correu tudo de forma tão perfeita tê-lo a cantar nessa canção".