Não adianta achar
Que ficar longe faz bem
Que vou me acostumar
Com a paisagem de fundo no escuro do além
Não adianta amarrar
Seu salva-vidas no além
Torcer pro barco afundar
Prá mergulhar no escuro de quem lhe quer bem
Sou como o cheiro do mato
Que toma conta do ar
Como um lobo faminto
Que não quer atacar
Sou como o cheiro do mato
Que toma conta do ar
Como um lobo faminto
Que acha a presa no escuro
E não quer atacar
Se soubesse o dia
Que o sopro acabaria
Que o medo esgotaria
Que o choro rebentaria
Que outra luz cegaria
Que o portão se abriria
Que nada mais restaria
Não largaria você