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Império da Tijuca

Samir Trindade

Batuk que faz o chão tremer
Emana energia e vibração
Raiz africana no xirê
É canto, dança e devoção
Toca pra subir, poeira
Chama pra descer o povo de aruanda
Noite de luar clareia
Enfeita de axé, meu samba
Saudade que o negro chorou
A cura do corpo no seu tambor

Rufa o alujá pra xangô
Oxôssi na fé, ecoa o agueré
Firma na palma da mão
Bate adarrum a ogun
Chegou oxalá, dobre`o run
"Nego véio" mandingueiro rezou
E pediu a seu "sinhô liberdade
De Congo um nobre rei
Fez reluzir felicidade

Gira baiana "crioula" deixa girar
Maracatu, marujada vem brincar
Nos guetos, semeando esperança e paz
O sonho, inocência que se refaz
No peito um batuque de gente guerreira
Mostrando ao mundo sua realeza
Ao som da batucada brasileira
O meu verde e branco é couro e madeira

Vai ressoar o atabaque de um bamba
Ao renascer nesse congá
O primeiro império do samba

Composição: Samir Trindade / Serginho Aguiar / Elson Ramires / Filipe Araújo / Alexandre Moreira






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