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Grande Prêmio

Sergio Reis

Sai desesperado aquele dia,
O natal amanhecia
Mina filha ainda dormia....... a esperar.
Na rua perambulo sem emprego
Meu Jesus como é que eu chego
Coração não tem sossego..........faz chorar!
Comida há muito já não tinha
Uma auxílio da vizinha
Assistência quando vinha........ só rezar;
Eu vejo indiferença em todo mundo
Um desprezo tão profundo
Enlouqueço num segundo....... vou roubar, roubar!

Ai, meu deus!
Porque é que eu não fiquei na minha terra
Perdão ao pé da mãe se a gente erra
Aqui ninguém vai me perdoar!
Ai, meu pai!
Eu sei que eu fiz loucura , que é pecado,
Mas é tanto bandido engravatado
Que a gente desespera e no que dá!

Forcei uma janela, fui entrando
Sangue foge, me gelando
Quanta coisa me esperando....... é só pegar
A árvore enfeitada me mostrava
A boneca que faltava
Era só o que procurava........eu vou levar!
Um tiro me acertou bem na espinha
Nem eu vi de onde vinha
Dei dois passos na cozinha......e fui ao chão;
Um pai desesperado como eu vinha
Perde tudo, até a filhinha
E ganha um nome que não tinha......é uma ladrão, ladrão!

Depois de muito tempo encarcerado
Apesar de libertado
Eu me sinto condenado......mas aqui
Vendendo meu bilhete aqui sentado
Na cadeira aprisionado
Quanto pai desesperado...... eu já vi!
Às vezes meu bilhete vai escrito
Meu amigo, pai aflito
Seu destino é bem bonito......vai por ai;
Retorne a sua terra sem demora
Pegue as coisas vai embora
Ou um dia você chora....Por um fim, assim!

Composição: Moacyr Franco, Marco Silvestre





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