A banda começou a tomar forma no final de 2002, quando eu (então baixista) tocava junto com dois amigos, o guitarrista Ricardo e o baterista Vladimir, num projeto sem grandes pretensões. Acho que o que realmente nos faltava era um vocalista, e eu já estava quase desistindo de encontrar um.
Foi quando resolvi chamar o Marco Antônio, que conheci ainda nos tempos da "A Roda" e que então cantava no Haiden. Por sorte ele topou, e agora com um cantor iniciamos algo mais sério, embora ainda fosse um projeto paralelo, pois alguns de nós ainda tínhamos outras bandas "fixas". Pouco após a entrada de Marco Antônio se juntou à banda o tecladista e guitarrista Leonardo Carvalho, que havia acabado de deixar sua antiga banda, o Asgard.
Pouco mais de três meses após a formação, o então projeto já tinha seu repertório formado, em sua maior parte, por composições próprias, e a banda se consolidou com a saída de Marco Antônio da Haiden. Agora contando com um vocalista definitivo só restava uma grande questão: o nome da banda. "Práticos" como sempre fomos, decidimos batizar a banda com o nome de uma composição do tecladista Leo Carvalho: Moonslave. Em maio de 2003 a banda se apresentou pela primeira vez, na Casa da Cultura, e desde o início chamamos a atenção do público por apresentar um repertório formado em sua maioria por músicas próprias.
Pouco após esse show a banda enfrentou a sua primeira mudança de formação: o guitarrista Ricardo, por motivos profissionais e financeiros, tem que deixar a banda. O grande revés desse episódio foi que nós perdíamos não só um guitarrista mas também um bom compositor, o que afetava nosso repertório. Passamos os meses seguintes compondo novas músicas e procurando um novo músico, mas foi só em agosto desse ano que encontramos um guitarrista: Tiago Kyrius. Pouco mais de um mês após sua entrada a banda já voltava a ativa, no local de costume: o bar Entre Amigos. Tivemos sorte de encontrar um bom músico, que veio a acrescentar à banda as suas influências "guitarrísticas". A entrada de Tiago certamente foi um dos melhores acontecimentos para a banda, acrescentando um pouco mais de técnica ao nosso som (o nosso negócio era compor, mas na hora de tocar...que desespero!).
Após seis meses com essa formação, nos preparávamos para gravar nosso material, na forma de uma demo, no início de 2004. Foi quando enfrentamos mais uma grande adversidade: a saída do tecladista Leonardo Carvalho, que por motivos particulares deixou o grupo em fevereiro desse ano, após os shows realizados no Carnarock e no Entre Amigos (e a saída de Léo não foi a única coisa ruin dessa noite...). Perdemos não só um bom tecladista, algo raríssimo aqui em Vitória, mas também o compositor de quase metade de nossas músicas. Mas por sorte ainda nos restavam quatro músicas de nossa autoria, e começamos a gravar The Gaia´s Calling, a nossa demo, enquanto procurávamos um substituto. Em estúdio, a saída de Leo não nos afetou muito, pois eu mesmo gravei os teclados, que já usava para compor. Nosso grande problema seria como reproduzir isso ao vivo. Não dava pra dar uma de Geddy Lee no nosso tipo de som, pois não há um só instante em nossas músicas em que eu pudesse largar o baixo.
Não precisamos de muito tempo pra perceber que seria impossível encontrar um tecladista, e foi aí que tomamos uma decisão difícil: eu mesmo teria que tocar os teclados, e a solução seria encontrar outro baixista, algo difícil, porém mais fácil que encontrar um tecladista. Logo chegamos ao Rodolfo Mongin, do Forgotten Land, que se adaptou rápido à banda.
Quando as coisas pareciam que iam começar a andar, surge mais um problema: víamos que musicalmente o nosso baterista não satisfazia as necessidades da banda. Mas não era só questão de técnica, pois nunca fomos grandes músicos, mas principalmente de interesse da parte dele.
Desesperados, perto de lançar nosso material, precisávamos urgente de um baterista. A solução foi pedir ao Paulo, da banda Alexandria, que assumisse esse posto, mesmo paralelamente à sua outra banda. A adaptação foi rápida e logo ele já estava até compondo com agente também, se tornando um músico "fixo",
Só nos restava agora mais um pequeno problema: escolher um novo nome para a banda, uma vez que Moonslave era uma música do Léo. Cara, isso foi muito mais difícil do que parece...Demoramos muito, mas finalmente chegamos a Stargazer, nome de um clássico do Rainbow.
