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Arreio De Prata

Tião Carreiro e Pardinho

São José do Rio Preto muito tempo se passou
O seu Oscar Bernardino com a boiada ele viajou,
Num transporte a Mato Grosso na comitiva levou
Um filho de criação que na lida ele ensinou...
No seu arreio de prata que no rodeio ganhou
O menino ia garboso... no potro que ele amansou.

Aquele arreio de prata era o que mais estimava
Somente em dia de gala que em Rio Preto ele usava,
Nesta viagem seu Oscar p'ros peões recomendava
P'ra zelar bem do peãozinho que recente se formava...
O menino de ponteiro o berrante repicava
O Itamar e o Tiãozinho... de perto lhe vigiava.

A mania do menino seu Oscar sempre lembrava
Na hora do reboliço com a vida não contava,
E foi lá no pantanal quando ninguém se esperava
Uma onça traiçoeira numa rês ela pulava...
A boiada deu um estouro que o sertão se abalava
Parecia que o mundo... nesta hora se acabava.

Os ares do campo virgem cheirava chifre queimado
O menino dando gritos p'ra tentar segurar o gado,
A barrigueira partiu do cavalo foi jogado
Nos cascos dos cuiabanos pelos campos foi pisado...
Quando a boiada passou viram o peãozinho estirado
Com seu arreio de prata... estava morto abraçado.

O seu Oscar Bernardino sua alegria acabou
Pegou o arreio de prata p'ro Antonio ele falou,
Esse arreio é do menino deixe com ele por favor
Na sombra de um angiqueiro uma cruzinha fincou...
E na cruz fez um letreiro aqui jaz um domador
Que apesar da pouca idade... nem um peão com ele igualou.

Composição: Teddy Vieira – Roque José de Almeida – Mário Bernardino





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