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Biografia de Tião Carreiro

José Dias Nunes, conhecido como Tião Carreiro nasceu em Montes Claros no dia 13 de dezembro de 1934 e faleceu em São Paulo, 15 de outubro de 1993. Foi um cantor brasileiro de música Sertaneja de raiz; de modo que muitas duplas são influenciadas por sua música.

Criado numa fazenda nos arredores de Araçatuba/SP, começou a tocar violão ainda pequeno, com 8 anos de idade, quando também já cuidava do arado e dos afazeres na roça.

Aprendeu a tocar Viola na adolescência, praticamente sozinho, sem nunca ter tido um professor. Isto porque em 1950, com apenas 13 anos, Tião Carreiro trabalhava no Circo Giglio, onde já cantava em dupla com seu primo Waldomiro da dupla Palmeirinha e Coqueirinho.

O dono do circo dizia que "dupla de violeiros tinha que tocar viola" enquanto que na época, Tião tocava violão. No mesmo ano, o mesmo circo apresentava em Araçatuba a dupla Tonico e Tinoco. E enquanto os irmãos estavam no hotel, Tinoco havia deixado sua viola no circo e Tião aproveitou para "decorar a afinação escondido".

Tião Carreiro cantou em diversas duplas, tendo adotado diferentes nomes artísticos, tais como Zezinho (com Lenço Verde), Palmeirinha (com Coqueirinho) e Zé Mineiro (com Tietezinho).

Lenço Verde e Coqueirinho eram pseudônimos do mesmo parceiro, o Waldomiro, que era primo de Tião Carreiro.

Suas parcerias mais famosas foram com Antônio Henrique de Lima (o Pardinho) e Adauto Ezequiel (o Carreirinho, Falecido em 2009 e foi o Professor de Tião Carreiro).

Alcançou sucesso ao formar dupla com Pardinho, e foi o inventor do Pagode de Viola — não se confunda com o Pagode do Samba — mas hoje em dia, esse termo é muito conhecido entre os violeiros.

Dentre os maiores sucessos de Tião Carreiro temos: Pagode em Brasilia, que foi o primeiro pagode, criado juntamente com Lourival dos Santos, em 1959, Boi Soberano, Filhinho de Papai, Cochilou Cachimbo Cai entre outros.

A discografia de Tião Carreiro soma mais de 45 discos, tornando-se hoje em dia considerada "Cult" pelo admiradores de Música Sertaneja, é encontrada facilmente em qualquer loja de discos do Brasil.

Tião ficou doente ainda no auge de sua carreira, com diabetes. Faleceu no dia 15 de outubro de 1993 em São Paulo, no Hospital da Beneficência Portuguesa. Mesmo sabendo da doença que tanto mal lhe fez no final da vida, Tião procurou sempre viver o melhor possível da vida que lhe restava: não largou jamais a Viola e também jamais suportou a idéia de ter que recusar os churrascos para os quais era freqüentemente convidado em diversos lugares do Brasil.