×

Biografia de Torcida Jovem do Sport

Aos 29 de outubro de 1995, em uma torcida organizada do Sport, seria realizada a eleição para o novo presidente, que até então era Júnior, concorrendo à reeleição. Às 16 horas daquele dia ensolarado, a votação estava encerrada e após alguns minutos sairia o resultado, que apresentava a derrota do atual presidente.
Logo após a derrota na eleição, Júnior reuniu as pessoas que tinham votado nele, e dentro da sede dessa torcida a qual acabara de ser derrotado nas urnas, decidiu junto com Davi, Sirí, Márcio e companhia, fundar uma nova torcida. Poucos acreditaram e apostaram nesse novo ideal. Os que confiaram, decidiram fundar a Torcida Jovem do Sport.
Do dia da eleição, até a estreia da Jovem, dia 30 de janeiro de 1996, no clássico entre Sport e Náutico, na Ilha do Retiro, foram realizadas várias reuniões, nas quais eram discutidas cor da camisa, mascote, bandeiras, faixas e etc.
A cor escolhida foi a amarela, em homenagem ao mascote do Sport, o leão, e a estrela da camisa, representando a maior conquista do Sport, o Campeonato Brasileiro de 1987. Após a escolha da cor, o próximo passo foi a escolha do mascote, que seria o Taz-Mania.
Escolhido o mascote e a cor, seriam iniciadas as confecções dos materiais. O dia da estreia se aproximava, e só as faixas e bandeiras estavam prontas. No entanto, foram providenciados coletes amarelos, que foram mandados à uma serigrafia, para ser impresso um escudo do Sport com o nome Torcida Jovem. No dia da estreia, havia vinte e cinco coletes, entretanto, sobraram alguns, e esses foram distribuídos entre alguns torcedores que se localizavam próximo à torcida.
Naquele 30 de janeiro de 1996, o local escolhido para a torcida no estádio foi a geral atrás da barra, próxima à sede. A Jovem finalmente estreava nos estádios, iniciando o caminho para ser a maior Torcida Organizada do Nordeste.
Infelizmente, o Sport empatou aquele jogo, mas os integrantes da mais nova torcida não desanimaram e continuaram o trabalho. Até então, todas camisas de organizadas de Pernambuco eram de pano, e a impressão feita em serigrafias. É nesse contexto que chega a primeira camisa de nylon produzida fora do estado, mais precisamente, em Belo Horizonte, pela Netuno. Essa camisa revolucionou as torcidas de Pernambuco.
Alguns meses depois da estreia, Davi teve a ideia de fazer um bandeirão que cobrisse toda a geral da Ilha e ele o bancou. O tecido e a costura foram feitas em Belo Horizonte e a pintura no Recife, em julho de 1996. O bandeirão foi pintado uma semana antes da final do campeonato estadual, e só veio ficar pronto em cima da hora. Naquele 27 de julho de 1996, o bandeirão estreava e o Sport se tornaria Campeão Pernambucano. Uma semana após a estreia do bandeirão, Davi decidiu sair da Jovem. No entanto, os que ficaram tocaram o barco pra frente.
No final de 1996, a Jovem assina um contrato com a Finta. Um feito inédito para o crescimento da torcida, que se tornou líder de vendas no estado de Pernambuco. No início de 1997, a Jovem se torna independente do clube e realiza o sonho de ter uma sede no centro da cidade, um feito pioneiro e importante para o desenvolvimento da torcida.
Gradativamente, a TJS ia crescendo e aos poucos buscava seu espaço entre as maiores organizadas do Brasil. Em 1998 mudou-se para uma sede maior. Em 1999 e 2000 a Jovem já era considerada uma das maiores do Brasil. Entre 2001 e 2004, a Jovem teve dois presidentes: Lobão, em 2001 e Kobaia de 2001 à 2004. Em 2005, Léo assume, colocando em prática seus planos, e a torcida vive um grande momento.
No início de 2006, a Jovem faz mais um bandeirão para consagrar sua boa fase. No ano em que completa 12 anos, sendo presidida por Léo, a torcida consegue realizar um sonho antigo: a aquisição da sede própria. Hoje é tida com uma das maiores e mais respeitadas Torcidas Organizadas do Brasil.