Sou Bakunin compondo Rap crime hediondo,
Enquadro A.286, a verdade não escondo.
Do voto vá te abster, pegue numa pt,
Orgoniza-te, propara-te para morrer.
Aqui é trabalho de base, no teu contexto não me encaixo.
Ou se vota nos de cima, ou se luta com os de baixo.
Voz dos Sem Voz, cravo nos algoz um punhal libertário,
Contra o império partidário, enoja ver teus horários,
Bancado por ordinários que dobram próprios salários,
Representando milhões, mas à serviço de cifrões,
Enquanto tu esperançoso, eles em iates, boates, mansões.
Menos amor, mais ódio, de combatentes sou sócio,
se acaso o ódio destrói, direcione-o ao topo do pódio.
Sou difusor anarquista, Internacional marginal,
Aqui é o proletário do Rap, plebe intelectual.

Se cantar pra boy é evolução, morrerei conservador,
Eu não verso em vão. Aqui é vanguarda do Rap, caráter organizador,
Vou destrinchar consciências, guerrilheiro combatedor.
Meus versos é uma doze na nunca e fazem estrago nas mentes,
Arranca vendas de olhos, libertador combatente.
Gera moleque insurreto que de revolta mostra os dentes,
Rap é meu dialeto, trabalhador braçal do intelecto.
Poesia incendiária igual molotov,
Luz que guia revoltosos e não se dissolve.
Tamo à frente no front, não passarão os fascistas,
Disparos além das canetas, liricismo belicista.
Cada letra uma ogiva, formam frases destrutivas,
Acracia marginal atraindo regicidas,
Explosivos na nobreza, saqueios na burguesia,
Ceifa à casta dominante, morte ao engenho Mais-valia.
Socialismo libertário, liberdade socialista,
Ditadura proletária, balela de Marxistas.
Contra o Estado e Capital...
Ilegalista Rap, revolucionário niilista.

Se cantar pra boy é evolução, morrerei conservador,
Eu não verso em vão. Aqui é vanguarda do Rap, caráter organizador,
Vou destrinchar consciências, guerrilheiro combatedor.
Arkano como a Keny, imortal tipo o Tech,
Mando a real, minha Facção sempre foi Central.
De coturno e jaqueta, poeta antifa em combate nas barricadas,
Chutando a cara dos boca calada.
O Rap não morreu, é força guerrilha underground,
Contra os moda na mainstrean abateremos em cada round.
Pobreza nas favelas, exploração em campesinato,
Porra de fã o caralho, eu quero é rebelde armado.

Se cantar pra boy é evolução, morrerei conservador,
Eu não verso em vão. Aqui é vanguarda do Rap, caráter organizador,
Vou destrinchar consciências, guerrilheiro combatedor.

Composição: Unio Mystika