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Fim da Ditadura

Valete

Revolucionário:


“ Yo, Valete, o people está a preparar um K.O. definitivo a América.

Vai haver uma concentração clandestina no México, em GuadalajaraÂ… e queremos saber se vais ou não?”


Valete:


Eu sou Valete, bro, e sempre quis ser regicida

Sacrificar a vida pela maioria oprimida

Sem contrapartida, pela revolução sou suicida

Reserva um bilhete de ida pra mim, tou de partida


E vou contra América que Mao Tse Tung propagandeara

Com a filantropia com que Platão revolucionara, outrora

Com aquele Marxismo que Trotsky impulsionara

Estou farto da senzala, chao, só me galas em Guadalajara


A minha aversão ao imperialismo não sara

Não quero fama, nem glória, dá-me só uma T-shirt de Che Guevara

Põe-me num 7.4.7, México aqui vou

Viajo lembrando de como a segunda torre se desmoronou

Depois de 15 horas de voo, meu Boing aterrou

Já fora do aeroporto, houve um bro que me identificou


“irmão Valete, eu vim-te buscar para a concentração

Entra no carro só faltas tu para começar a acção”


Chegámos ao ponto rapidamente, assim clandestinamente

Provavelmente eu nunca vira pela frente tanta gente

Era uma cidade subterrânea cheia de dissidentes

Só resistentes e combatentes naquele contingente

Eu vi Sardar, Saramago, Mia Couto e Chomsky

Também vi os mentores do atentado de Nairobi

Nipónicos pa vingar Hiroshima e Nagasaki

Fidel Castro, Arafat, Chavez e Khadafi

Activistas do Hamas, Jihad e Hezbollah

Zapatistas, Talibãs e bombistas da Fatah

Todos diferentes mas com um objectivo em comum:

Acabar com esta ditadura que a América implantou

A sede de vingança deixava todo o exército operante

Deram o sinal pa nos reunirmos numa sala gigante

Em cima do palanque tava um fulano que elaborava o plano

Com style de saudita ou iraquiano, só queria saber quem é esse mano

Deixava toda a gente focada enquanto ele liderava


(Outro Revolucionário) “Yo Valete é o Bin Laden”


(Valete) “Bin Laden?!?”


Bin Laden

Voz alterada sem barba e com cara totalmente modificada

Eu não o curtia mas ele era o que a América merecia

Radical sem diplomacia, assim como se exigia

Formulou o plano perfeito pá revolução que se pretendia

Tínhamos túneis subterrâneos até à cidade de Alexandria

Hackers bloqueavam a informação da NSA e da CIA

Tínhamos M1Â’s, F 16Â’s e muita artilharia, eu ria.


Informador


“Informação, informação.

As bases militares americanas em todo o mundo, já estão controladas pelas FARC , Al Qaeda e milhões de civis revoltosos.

O ataque aéreo ao pentágono está previsto para as 3h e 36 m.

Os ataques bombistas serão às 3h e 42 m

A invasão à Casa Branca ficará para 4h e 28m

Já sabem o que têm a fazer!”


Era um batalhão de insubmissos paÂ’ acabar com aquela arrogância

‘Tava incluído na missão Invasão à Casa Branca

Que seria reforçada pelo movimento black panther

Garanto quÂ’América nunca vira tanta encrenca

Fomos pelo túnel a dentro e chegámos em meio-dia

Alexandria tinha como Washington, cidade vizinha

E quando lá cheguei era inenarrável o que eu vira

América já ardia, rendida à nossa investida

Ficaram na defensiva, deixámos tropas sem vida

éramos só homicidas com ira, topa a chacina

Numa outra ofensiva, edifício da ONU caíra

Largámos bué da mísseis em New York, Carolina

California, Louisiana, Detroit e Virgínia

Geórgia, Indiana, Illinois, Pensilvânia e Kansas

ás quatro e um quarto já ‘tava tudo controlado

Nossos soldados já tinham a Rádio a TV e o Pentágono

Passado mais um bocado, Fidel leu o comunicado

“Acabou a Ditadura” podes crer é o golpe de estado.

E à porta da Casa Branca fiquei com Bin Laden a sós

Disse-lhe sem hesitar um coche: Deixa-me liquidar o George

Ele esboçou um sorriso e olhou-me fundo nos olhos

Sentiu segurança na minha voz e passou-me uma Kalashnikov

Era só ódio destruitivo na minha cabeça

Kalash fui exibindo assim a dar paleta

Eu fui o homem escolhido paÂ’ ditar a sentença

Olha o meu peito erguido pa man vingar o planeta

Entrei na Casa Branca assim cheio de moral

Nossos snipers iam abatendo a escolta presidencial, eu andava

No piso inferior de corredor em corredor

Abria porta a porta à procura daquele estupor

Vi a porta dos fundos, senti um feeling interior

AbriÂ… até que enfim Seu Ditador

Agora sente o pavor

Vais pagar pela tua merda e pela dos teus antecessores

Isto é pelas vítimas das guerras que vocês fabricaram

Pelas bocas que morreram pela falta de pão que vocês negaram

Pelo terror que semearam, alastraram, perpetuaram

Pelos homens e mulheres que as vossas bombas mutilaram

Pelo suor dos trabalhadores que vocês escravizaram

Pela alma deste planeta que vocês danificaram.


(Tiros)

Composição: -





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