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Adamastor

Vinícius Terra

Um fado novo, um rap antigo, um vinho velho
Garrafas com mensagens que eu não desprezo!
Guanabara, mar adentro, Rio Tejo
Falhas nas folhas falsas desse evangelho
Eu, direto de um laico estado crítico, onde
Extraem capital do espírito
Onde o voto é um vazio mítico!
Monte fardo, cego lado, alimento para o lírico
Vai vendo! O que não é complicado é complexo
Fim do léxico, fatos fakes, falta nexo
Vários séculos, aguenta o baque!
Nação edificada: Sucessivo saque
Golpe, destaque, morte, recalque!
Mal do Mundo, mal dos trópicos, desfalque!
Emburrecimento da massa
Misto de interesse, raça
E assim nascemos, flor-de-lótus na lama da desgraça!
Mas isso aqui, é pela aurora dos velhos tempos
Porque assim cada Cabo da Tormenta se dobra! (Boa Esperança)
Cobra-se a cada momento, já que a poesia é um caminho sem volta (sente)
Rara rima, arte que a areia leve enterre
Somos frágeis porque a vida é breve
No trânsito ácido das cidades
Transito plácido, afinal, sonhar é grátis
E se o mar é a nossa grande prisão
A Terra seria liberdade, mas há maldade nesse chão
Então mergulhei na língua crua de um destino incerto
Naveguei tão longe a ponto de não enxergar (cegos)
Vi um oceano azul, eles só viram deserto
Apenas fui, ponte ergui, difícil de acreditar
Era quântico o romântico cântico, mas ainda hoje
Somos versos que atravessam o Atlântico! (Sempre)

Porque no fundo é só o mar, somente o mar
Que nos engole quando desejar, quando bem quiser
Convide-o para jantar, fale de sua fé, mas não esqueça que ele veio te buscar!
Enquanto formos livres nessa Terra cantaremos a prisão como laços da travessia
Inventaremos uma Epopeia com o título, pra Lusofonia Nasce Um Novo Dia!

Porque no fundo é só o mar, somente o mar
Que nos engole quando desejar, quando bem quiser
Convide-o para jantar, fale de sua fé, mas não esqueça que ele veio te buscar!
Enquanto formos livres nessa Terra cantaremos a prisão como laços da travessia
Inventaremos uma Epopeia com o título, pra Lusofonia Nasce Um Novo Dia!

Numa ponta de oceano qualquer, na insignificância de qualquer sítio
Observando a ousadia dos pássaros, no meio do caos, na beira do cais
E pensando em aproximar distantes, é o exato momento em que a gente para
Fecha os olhos, respira fundo, e mergulha pra dentro de si mesmo
E se o nosso coração é um coquetel molotov, a gente cria coragem pra hackear tudo
Absolutamente tudo aquilo que foi negado
Tudo que omitido, tudo o que nos foi roubado!
E na Era da Pós-verdade, Adamastor que nos aguarde
A inversão das marés é questão de tempo
Porque palavras podem confundir-se ao vento, porém, também são de quem as ouve
Logo, metade






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