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Biografia de Willie Colon

Ao mesmo tempo trombonista, autor, cantor, diretor, bom arranjador e produtor, um elemento essencial da Fania. Willie Colón é um símbolo maior da salsa, que contribuiu a criar.

De origem porto-riquenha, o jovem William Anthony Colón, nascido em 1950 em Nova York, conseguiu se desenvolver como pôde no perigoso bairro do Bronx.

Freqüentava as guangues que dominavam o bairro durante sua juventude. Disso guarda um gosto especial e até hoje cultiva a imagem de que não gosta de trabalhar.

Depois de uma curta experiência tocando trompeta e clarinete, Willie Colón se dedica definitivamente ao trombone, depois de ter descoberto a música de Mon Rivera.

Com perseverança, se impõe nos espetáculos locais antes de integrar a Fania em 1967, com 17 anos.

Desde que começou a gravar, desenvolveu uma música áspera e agressiva, reforçada por textos que refletiam
as condições de vida do gueto.

Muito antes dos punks, antes dos rappers, ele insistia no lado escuro da América, adotando um comportamento realmente provocante.

A potência de sua música de então, às vezes imatura, porém terrivelmente direta, aumentou com a chegada do cantor Hector Lavoé, com quem se uniu para gravar 14 discos até 1974.

Realizou um de seus sonhos em 1975, gravando com seu ídolo Mon Rivera, o qual teve uma influência determinante em sua vida.

A colaboração com Rubén Blades logo resultou em muitas obras mestras, nas quais sempre se confirmam os temas políticos e sociais (a salsa consciente), até que se dissolveu nos anos 80.

O que seguiu em sua carreira, orientado pelas produções mais hollywodianas, fica mais frágil, apesar
dos inegáveis êxitos e de uma sensibilidade reativa sempre epidérmica.

Sua música parece definitivamente com tendência para o perigo e a urgência, e nestes 30 anos de rock e de rap, Willie "El Malo" Colón desenvolve uma salsa urbana muito negra para a época.