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Biografia de Zé Pagão E Fostino

Em 1939, formou sua primeira dupla caipira, com Josafá Estevão Nepomuceno, o Zé Mané. Compositores e violeiros, Zé Mané e Zé Pagão conquistaram o público por seu estilo peculiar. Foram contratados pela Continental e, em 1943, gravaram o primeiro disco. A dupla interpretou naquele trabalho as modas de viola "Rosa branca" e "O cravo e a rosa", composições de sua própria autoria. Ainda em 1943, lançaram o cateretê "No batê da portera", de sua autoria e Vitor Ferreira de Morais, e a moda de viola "Sertão do Laranjinha", da dupla, posteriormente gravada por Tonico e Tinoco, com arranjo do Capitão Furtado e que se transformou num clássico da música sertaneja. Seu repertório incluía rasqueados, modas de viola, canções rancheiras, cateretês. Fizeram sucesso na primeira metade dos anos 1940 com, entre outras, "Nossa bandeira", de sua parceria com Vitor Ferreira de Morais, "Morada da mata", da dupla, "Quanta saudade", de sua autoria e "Goianinha", de Zé Mané. Em 1944, gravou um disco com Luís Rosa, o Nhô Rosa. Cantaram nesse disco as modas de viola, "Paixão de caboclo", de sua autoria, e "Uruguaiana", de Braz Serrador. Em 1945, a dupla Zé Pagão e Zé Mané gravou o último disco, interpretando a toada "Canarinho cantador", de sua autoria e Nhô Rosa, e a moda de viola "Esperança perdida", de sua autoria. No mesmo ano morreu Zé Mané, pondo fim à dupla. Ainda em 1945, forma-se em definitivo a dupla Zé Pagão e Nhô Rosa que gravou, pela Continental, as modas de viola "Vida de carreiro" e "História triste", ambas de sua autoria. Por essa época começaram a trabalhar na Rádio Gazeta, então Educadora Paulista, e na Rádio Bandeirante. Em 1946, gravaram mais um disco com duas modas de viola, "Jóia perdida", com Vitor Morais, e "Parceiro do diabo", de Nhô Pai. A dupla ainda gravou diversos discos com modas de viola e rasqueados, principalmente "A viola e a pinga", de Euclides Rangel, e "A viola de madeira", com Nhô Rosa, são exemplos típicos de modas de viola. "Morena linda", de sua autoria e Nhô Rosa, foi um rasqueado que fez sucesso em 1949. Em 1951, passaram a gravar pela Todamérica, lançando as modas "Tropeiro de Goiás", parceria com José Lima Gonçalves, e "Adeus por despedida", de Francisco Lacerda e Ricardo Jardim. Gravaram também a moda de viola "Não gosto da cidade", parceria de Ado Benatti e Nhô Rosa, e o cateretê "Campeiro de Mato Grosso", de sua autoria e Juvenal Rodrigues. Em 1954, gravaram o último disco, interpretando "Rita de Cássia", toada de Ado Benatti e Rodolfo Vila, e "Adeus cabocla", valseado de parceria com Mira Vieira. Em seguida a dupla se separou. Algum tempo depois, juntou-se ao violeiro Faustino de Oliveira, criando a dupla Zé Pagão e Faustino. Começaram a trabalhar nas rádios Tupi e Piratininga. Em 1958, gravaram "Adeus Aurora", toada com Geraldo Costa, e "Juriti", catira de Dênis Brean e Osvaldo Guilherme. Gravaram também "Festa de Nhá Carola", com Ado Benatti, "Boiadeiro paulista", com Jeca Mineiro, e "Adeus Aurora", com Geraldo Costa. A música "Juriti", gravada pela dupla, foi incluída na trilha sonora do filme "Dioguinho", de Carlos Coimbra. Gravaram em 1960, "Vou pra roça", com Jeca Mineiro, e "Moda dos meses", de Capitão Furtado.