Tava passando um perrengue danado
A sopa de osso era o prato do dia
E pra completar encontrei um safado
Espalhando pra massa que eu lhe devia
Perguntei qual era a dele?
Pra botar o meu nome sagrado na lama
Pois sou partideiro de muito respeito
E não tenho culpa se não tenho grana
O salário que ganho
Mal dar pro café e o pastel
Eu vivo sorrindo e babando a sogra
Pra ver se ela esquece o tal do aluguel
E quando chego em casa
A preta e os meninos chorando com fome
Eu volto na rua pra me distrair
E encontro um safado
Sujando meu nome
Aí meu Deus o que faço
Se jogo no tigre só dá vinte quatro
Eu fui na curimba tirar a kizumba
Falei com a maria ela era josé
E pra completar o banho de arruda tá impregnado
Fui no descarrego e voltei carregado
Como é que eu explico esse cheiro a mulher
Se liga na idéia compadre
Zoando aqui no meu terreiro
Respeita essa cor
Pois eu sou brasileiro
Um homem descente e trabalhador
Você complicou e agora só pago no mês de agosto
Agosto de Deus, agosto do meu gosto
Coitadinho de você vai morrer de desgosto
Composição: André da Mata/sérgio Santies