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Coice E Relincho

Baitaca

Não me provoca chinoca eu sou bacudo mas te lancho
E neste fandango cuiudo vim pra dançar de carancho
Já cheguei com os corno azedo, um malandro me fez um gancho
E os pilas eu perdi no jogo
Facilita eu traco fogo no pé da quincha do rancho.

Ah, eu entro e danço de espora
Ou acabo com este buchincho
Sou cuiudo do Alegrete
Comigo é coice e relincho.

Já minha adaga te estraga e não venhas me pedir trégua
E qualquer lasca de lenha eu hoje faço uma régua
Pra dançar com esta pinguancha, viajei quatorze léguas
E não puxo o meu tapete
Sou cuiudo do Alegrete, já nasci correndo égua.

E a solteirona gaviona lá do garrão da fronteira
A bicha é solta no facão e no cabo duma vaneira
Careca, renga e banguela, muita plata na algibeira
Nome engraçado Sofia
Eu quero ela pra cria, eu não quero pra carreira.

Falando da neta da Mariana, filha da velha Raimunda,
E desde a primeira encilha de guasca, dei-lhe uma tunda
Se acostumou com os arreios, do peso ficou corcunda
Não tem rabo a capivara
Que é dessas feia de cara mas muito linda de bunda.

Composição: Francisco Botelho de Vargas





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