Às vezes eu acordo com vontade,
Vontade e vocês sabem do que.
Eu fico avechado, constrangido, inibido de dizer,
Mas vou dizer: já fazem 9 meses que eu não sei o que é fazer.
À noite eu abraço o travesseiro
E ele me consola e dá carinho ao ninar.
Às vezes, eu confesso: eu me tranco o dia inteiro no banheiro,
Com desejo, na esperança de alguém me saciar.
Meus amigos contam histórias delirantes,
Minha cabeça fica doida de tanto imaginar.
Será que eu não faço o tipo delas, não encanto,
Ou será porque é tão difícil mesmo de poder se consumar?
Portanto eu invento fantasias,
E nelas, fico grande igual ao mar.
Mas logo em seguida eu acordo, vejo tudo diferente,
Dou um grito loucamente pra poder desabafar:
- Eu tô ki tô!!!
Eu tô ki tô, eu tô carente de amor!
Eu tô ki tô, eu tô carente de amor!
Não quero ficar sem você!
Eu tô ki tô, eu tô carente de amor!