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Vassoura de Guanxuma

Luiz Marenco

Esta mania de varrer meio tapeado
Me vem dos tempo' da vassoura de guanxuma
Esta mania de varrer meio tapeado
Me vem dos tempo' da vassoura de guanxuma
Quando peonava no rincão do gado alçado
Marca saudade que maneio uma por uma
Quando peonava no rincão do gado alçado
Marca saudade que maneio uma por uma

Estância grande da potrada caborteira
Que corcoveava no sentar, prendendo o berro
Estância grande da potrada caborteira
Que corcoveava no sentar, prendendo o berro
De noite e dia, o transfogueiro de pau ferro
Guardando a chama da vivência galponeira
De noite e dia, o transfogueiro de pau ferro
Guardando a chama da vivência galponeira

Cancha dos taura', mal varrida e mal aguada
Na sacristia, memorial da raça antiga
Cancha dos taura', mal varrida e mal aguada
Na sacristia, memorial da raça antiga
Cupim batido das caseira' de formiga
Com risco fundo de chilena enferrujada
Cupim batido das caseira' de formiga
Com risco fundo de chilena enferrujada

Mal repontados de misturas com graveto
Cisco de crina, de pêlos e cavacos
Mal repontados de misturas com graveto
Cisco de crina, de pêlos e cavacos
Graxa queimada na cinza dos buraco'
Entre as clavada' da marca dos espetos
Graxa queimada na cinza dos buraco'
Entre as clavada' da marca dos espetos

Andei caminhos porque andar mal acostuma
Tenteando o rumo pra enfrentar um tempo novo
Andei caminhos porque andar mal acostuma
Tenteando o rumo pra enfrentar um tempo novo
E me dei conta que, na alma do meu povo
Ficaram riscos da vassoura de guanxuma
E me dei conta que, na alma do meu povo
Ficaram riscos da vassoura de guanxuma

Composição: Jayme Caetano Braun / Luiz Marenco





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