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Quando Eu Me For

Mano Lima

João Sampaio, Quide Grande e Mano Lima
Chamarra

A morte não marca tempo nem o dia, nem a hora
Chega sem fazer rodeio levando o cuera embora
Quando eu me for embora deus me transforme em capim
Pra ver um potro berrando, pisando em cima de mim.

Também não quero velório, só um simples ramo de flor
Pra que descanse sentindo o cheiro do corredor;
Indiada não levam a mal e me enterrem na mangueira
Pra ver uma tropa morruda se empurrando na porteira.

Quando nas noites de lua uma luz brilhar o tapume
Serei eu, piscando os olhos no corpo de uma vaga-lume
Quero uma eguada pastando e um sinuelo à tarde aos berros
E um pingo coçando a cara na minha cruz de pau ferro.

Na minha cruz de pau ferro chega e te apeia parceiro
Te espera um cantil de canha e o canto de um João Barreiro.

Composição: Euclides Moreira Alves/Jose Joao Sampaio da Silva/Mario Rubens Battanoli de Lima





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