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Petiço Pipeiro

Os Teatinos

Solito pastando mágoas, chegou junto da porteira
Mas a porteira fechada, só mostrou a piazada
Que não "le" ouvia os anceios; não sentiu mais os arreios...
Nem o afago das casas, porque mesmo sem saber...
Se transformara em saudade...
- A asa da liberdade, é sempre feita de "penas"
E tu, com razão ou sem razão, esqueceu-te o compreender
Igualando-te a tapera,... crucificada no tempo,
Cicatrizando da terra!...

Destrilhaste a tanto tempo...
Que aguada andarás buscando!
Velho petiço pipeiro
Das casas se distanciando...

Sonha sonhos sem destino
Cicatrizando um caminho
Por não passarem teus sonhos
Em sonhos de peticinho...

A roda da sanga pro vento subiu...
E a sede na estância da estrada sumiu!...

Quem tanta água buscou
Nenhum pouco "le" sobrou,
Para lavar as feridas
Que um par de varais deixou...

Num fim de tarde outonal
Descançou seu sofrimento
Junto ao moinho de vento
Que "le" causou tanto mal!...

...- Quando correu a notícia, que meu petiço morrera...,
Sem compreender muito esta existência, senti que se extraviara
Um pedaço da minha infância!...

Composição: -





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