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Os Anos Carregaram

Osvaldo França

Foi numa tarde de agosto ou de setembro
Tanto tempo, mal me lembro
Onde foi que a conheci
Numa alameda toda cheia de roseiras
Onde após tardes inteiras
Eu mais uma vez a vi
E a minha vida
Que era um bosque de espinhos
Transformou-se em céu risonho
Ao gozar tantos carinhos

Mas a sorte para mim foi caprichosa
E a cabocla tão formosa
Para o céu Deus a levou
E as roseiras não existem
Já murcharam
Os anos tudo carregaram
Só o meu amor restou.






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