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Rincão do Rasga Pano

Rui Biriva

Quando a saudade belisca assim, me chamando
Me vem um agosto que conheço e não me engano
Lá na bailanta vou atirar o pala nas costas
E arrastar a sola da bota no rincão do rasga pano.

Saio a galope me bandeio pro surungo
E é quase no fim do mundo onde a coisa vai ferver
E a rapaziada já está toda finada
Pra dançar com a mulherada até o dia amanhecer.

Começa o baile por volta da meia noite
Num galpão de chão batido na casa do seu Albano
E o Anacleto se estica pros dois lados
E é índio mais engraçado do rincão do rasga pano.

Nesses bailecos é que se encontra a chiruzada
Pra se divertir um pouquito depois da lida pesada
E na manga um pratão de bolo frito
Que é pra não virar os cambitos, pois é grande a cachaçada.

Fim de festa eu me apinchei no meu lobuno
Que saiu meio sem rumo em direção às carreiras
Sobrou uns trocados e eu não posso ter dinheiro
Vou apostar no parelheiro e continua a borracheira.






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