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Caminhos De Agosto

Xirú Antunes

Marugadita friolenta,
Ponchito que o agosto tece,
Pelo orvalho das canhadas
O rasto da cavalhada,
Então acha o que lhe falta
Sobra menos pra campear,
O resto o tino alcança
Pelo jeito de olhar.
Depois o mate do estribo,
E as aves emplumadas,
Se adentram nas invernadas
Rastreando o serenal,
Vão recolhendo horizontes,
Esparramando gargantas,
Pelo grito até levantam
As nesgas de serração
Vão troteando nestes fletes,
Alarmando a sesmaria.
Coração de campeirito
E filho destas estâncias,
Amante de montaria,
Sabe que Deus algum dia,
Lhe regala algum cantito
Pra ajeita sua tropilha.
E o mourito cor de prata
Relíquia do capataz,
Vai troteando e é ligeiro
Com força de milharal,
se atira e ate se nega
nervura masrcando o pelo,
parece que parte ao meio
a terra negra onde passa.
Um tordilho oriental, uma tronqueira, sustenta,
Pecha um boi pela paleta,
Facilita ate se quebra,
E um rosilho de guerra
De encantar comodante,
Quando cincha é um palanque
Enraizado na terra
No ,ais é só solidão
Nestes campos, nestas várzeas,
Cada sombreado de mato,
Cada canto, cada aguada,
Lhe resta esperar a noite
E o luzeiro das estrelas,
Imaginandoseus olhos
Na constelação mais bela

Composição: -





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