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Natasha

Neco Vieira

As almas penadas me pegam em escadas
As facas malvadas me cortam as escuras
As bruxas caladas invocam fantasmas
Eu fico perdido, pedindo esmolas
Eu fico lutando, entrando em lacunas
Eu fico inovando, mudando as pessoas,
Eu fico mexendo em defuntos estranhos
Eu fico querendo amar todos os mortos
Eu fico entretido com os epitáfios
Eu fico calado quanto ao destino
Eu fico bolado com aquele menino,
Com aquele menino, com aquele menino,
Eu fico mexendo com os corações
Eu fico ouvindo todas’ estações
Eu fico negando todas’ emoções
Eu fico querendo minhas opiniões,
Eu fico acuado com as sensações
Eu fico negando aquele menino
Aquele menino, aquele menino,
Eu fico rezando, invocando vampiros
Eu vivo esquecendo e chamando os santos
Eu fico ligando pras minhas meninas
Eu fico afogando em minhas piscinas
Eu vivo devendo às minhas mecenas,
Eu vivo estancando as minhas feridas
E eu vivo pensando naquele menino
Naquele menino, naquele menino.
As almas penadas me pegam em escadas
As facas malvadas me cortam as escuras
As bruxas caladas invocam fantasmas
E as trouxas passadas convocam pessoas
E as vidas já mortas provocam as vivas
E as surdas caladas enxergam vampiras
E eu fico pensando naquele menino
Naquele menino, naquele menino.

Composição: -





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