Que nem potro redomão meu coração mal domado
Se atirou no alambrado do campo da solidão
Liberto da escravidão do primeiro e grande amor
Cruxifiquei minha dor nas cordas do meu violão.

Por isso por onde eu ando meu violão me acompanha
Cumprindo esta sina estranha que o destino nos legou
E aquela que semeou amargura e desencanto
Quer ressuscitar com pranto o amor que ela sepultou.

Pois isso sempre acontece pois a sorte é mesmo cega
Se a gente laçar a macega a gueixa desaparece
Mas ela que já me conhece já sabe que não sou flor
Nem sou de campear calor em chama que não aquece.

Foi por sua falsidade que abandonei meus caprichos
Fui afogar nos bolichos a triste dor da saudade
Mas passou a tempestade e o sol brilhou novamente
E hoje existe muita gente que inveja minha liberdade.