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Alma De Palanque

Walther Morais

Na estância das casuarinas eu fiz minha fama de mau
Por deixar os aporreados salinos de tanto pau
Sou domador e me gusta montar em pelo ou no arreio
Pois quando salto pro lombo nem com promessa eu apeio.

Meus amuletos campeiros é que me dão proteção
Um par de espora de aço e um mango firme na mão.

Fui criado nesta lida que hoje me dá o sustento
Não é de agora que eu monto já fiz um lote de tempo
Vivo grudado no lombo desses veiacos malinos
E é num pulo de potro que eu traço o próprio destino.

Se um louco salta berrando cravo a espora e não me espanto
E o mango bate cruzado como quem benze quebranto
Tenho a alma de palanque e o coração que maneia
Por isso esse afinidade com bicho que corcoveia.

Composição: Getulio Silva da Silva/Jose Antonio Moreira Pereira





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