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De Campo

Walther Morais

Falado:

Sou de campo, sou fronteiro de sangue e alma charrua
Meu destino é ser campeiro riscando a historia com as puas
Não necessita candieiro quem trança réstias de lua.

Cantando:

Abrindo toca nos pastos uma tropilha disparada
Lago a boca no varzedo deste pingo malacara;
Pois sobra tino e forquilha desde os potros de taquara
Ainda me vale saber do campeirismo do pampa
De encilhar um bem enfrenado pachola igual minha estampa
Pra levantar um doze braças e botar nos tocos de guampa.

Sou de campo, sou fronteiro de sangue e alma charrua
Meu destino é ser campeiro riscando a historia com as puas
Não necessita candieiro quem trança réstias de lua.

Se a geada grande do tempo me vier branquear a melena
Me agarro ao redor do fogo limando a velha chilena;
Só pra enfeitar um esteio roseteando alguma pena.
De todos os pelos que encilho me gusta a pelagem moura
E nunca refuguei égua por veiaca e roncadoura
Pois atado aos garrões um par de estrelas cantoras.

Composição: Anomar Danubio Machado Vieira/Carlos Augusto Bayan Madruga





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