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Décima do Potro Baio

Walther Morais

Eu sai pela fronteira ver negocios de importancia
E pra ver se me ajustava de capataz numa estancia
Cheguei la e me ajustei onde havia uma potrada
Onde tinha um bagual baio respeitado pela peonada

Baio das venta resgada carunchado dos curnilho
Foi o que mais me agradou para sentar meu lombilho
Para encilhar o venta rasgada custou uma barbaridade
Baixou a cabeça na estancia foi levantar na cidade

Da estancia para a cidade regulava a legua e meia
Onde o baio se acalmou foi na venda do Gouveia
Eu apaeei la no Gouveia pra tomar uns tragos de vinho
Depois belisquei o baio desde a marca "inté" o focinho

Este Baio corcoveada mesmo que boi tafoneiro
Pois ja estava acostumado a corcovear o dia inteiro
Bombeei pro oitão do rancho, vi uma prenda me espiando
E o baio nao via nada e continuava corcoveando

Menina, minha menina me agarra se nao eu caio
Eu ja venho "assunfocado" com o balanço deste baio
Uma espora sem roseta e a outra sem papagaio
Se as duas tivessem boas, o que seria deste baio

Quase arrebentei um pulso e as duas canas do braço
Deixei o baio bordado de tanto espora e mangaço
Um dia deixei a estancia e fui cumprir minha sina
Mas o baio ficou manso "inté" pro celim de china

Composição: Jaime Caetano Braun/Noel Garany





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