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Lá Onde Eu Moro

Walther Morais

Lá onde eu moro é um rincão abençoado
E a natureza tem a própria mão de Deus
A minha gente tem um sorriso na cara
E uma pessoa ilumina os passos meus.
De manhã cedo a sinfonia das aves
Desperta o mato na canção madrugadeira
A bicharada que acorda junto comigo
São meus amigos nesta vida galponeira

Na estrebaria tem uma junta de bois
Parelha firme puxando certa na verga
Força e arado revirando a terra boa
Canhada e cerro onde a fartura se enxerga
Fim-de-semana se reúne a vizinhança
Para um causo bueno jogo de osso e carpetada
Baile gaucho num rancho de chão batido
E uma cordeona atravessa a madrugada.

Em frente ao rancho tem uma figueira grande
Que empresta a sombra para os causos no terreiro
Onde mateio tranqüilo nos fins de tarde
Fazendo planos enquanto fecho um palheiro.

A gauchada na fuzarca domingueira
Forma carreira La no fundo do potreiro
Cavaloe homem na moldura da paisagem
Retrato vivo do meu rio grande campeiro.
Pra quem chegar lá no rincão a onde moro
Não use luxo nem leve má intensão
Leve um abraço e um sorriso muito fraco
Que é só o que basta pra lhe estender a mão.

Composição: -





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