×
Corrigir

O Xucro

Walther Morais

Eu uso bombacha larga, chapéu grande e mango feio
E até os potros se arrepiam quando eu chego num rodeio
Salto em pelo no crinudo da marca mais caborteira
E grito pra indiada toda abram no más a porteira
O potro sai corcoveando escondendo o toso no chão
Vou juntando nas esporas e dando pau com as duas mãos.

A minha fama com aporreado
Corre frouxa em todo pago
Se São Borja a Vacaria
De Passo Fundo a Santiago.

Quando veiaqueia em ronda igual minhoca em terra quente
Caso se atore no meio saio na parte da frente
Não tenho medo de golpe me criei na tradição
Só aprendi a caminhar quando cai dum alazão
Nunca afrouxei o garrão nem corro do sacrifício
Pois amansar caborteiro são cavacos do oficio.

Muito ventena e velhaco que nunca teve cansaço
Já tenteou me compra os queijos e me rebentar o espinhaço
Sou xucro desde borrego, sempre gostei do que faço
Grudado no lombo deles mostrando a força do braço
Se o maula é meio encruado no quarto galope encacho
Te garanto que anda manso que nem flete de borracho.

Composição: -





Mais tocadas

Ouvir Walther Morais Ouvir