Numa bailanta lá pras bandas da fronteira
A chiadeira vem no ronco em chão batido
A peonada tasca no trote da gaita
E só os taitas trazem seus sonhos curtidos.
Na polvadeira vão se mesclando querências
Xucra essência desta marca sem igual
Prendas bonitas trajeiteiam um sarandeio
Lá pelos meio numa ciranda bagual.

Já ta na alma este costume gaucho
Com pouco luxo mas com verdade e raiz
São madrugadas engarupadas no vento
Pra o sentimento do meu povo tão feliz.

O home m campeiro carrega dentro do peito
Traquejo e jeito pra se soltar num surungo
Fim de semana é sagrado pro vivente
Sumo e semente de um trancaço em fim de mundo
Nosso Rio Grande é a luz de um elo fandangueiro
Bravo e altaneiro perpetuado pelo tampo
Não tem idade esta tradição de guapo
Xucro retrato deste sul em chamamento.